Caminhada de gratidão

Quando meu coração aperta de dor, penso em ti, Senhor... Penso em todas as coisas boas que permitiste que me acontecessem, e penso também, em todas as outras que eu, na minha ignorância, tantas vezes forcei, e só me levaram a caminhos errados e sem saída.

Quando sinto que me perco de mim mesma, imagino-me pondo tudo quanto sou em Tuas mãos e imagino que com tudo o que sou, conseguirás fazer uma obra de arte, pois, só Tu consegues ver o bom, o fabuloso, o melhor de todos nós. E depois espero... Espero que o tempo passe e descubro que transformaste a minha Vida, e então volto a encontrar o meu rumo.

Quando olhamos para trás, conseguimos esquecer com facilidade, tudo de bom que a Vida nos deu, e recordamos com uma redundância tal, as coisas menos boas, que parece que nunca nada de bom nos acontece, e o Mundo surge muito mais escuro do que aquilo que de facto é.

Obrigada por estares connosco, em todos os dias de nossas vidas. Obrigada por nos amares incondicionalmente. Obrigada por, de quando em vez, nos chamares à razão e nos forçares a ver que jamais caminhamos sós, e que teus passos se encontram sempre ao lado de nossos passos.

Obrigada Jesus, por seres meu Amigo.

Esperando...

Aguardo em meu recanto
que o Destino,
me forneça pistas
ou trajecto ou caminho,
para que siga em frente
minha Viagem
pois o Tempo de que disponho
é curto e tem que ser utilizado
na Missão que me atribuiste.

Ás vezes canso, às vezes páro...
Ás vezes perco o rumo
sinto-me perdida.
Mas logo a seguir
todo este medo
me devolve á minha realidade.

E deixo de pensar
em mim e só em mim,
e percebo que medo
toda a gente tem.
Mas coragem é seguir em frente
esquecendo a vontade
de fugir...

E a Ti volto, sempre,
pois eu sei
que mesmo na imensa escuridão
jamais me abandonarás...

Pois és Dia, Luz e Vida...
És sopro de ar que respiro
e sol que banha o meu Espírito.

E só em ti sou Feliz

Vidas passadas: a minha experiência pessoal

Quando o meu filho de quatro anos me falou de uma Vida Passada, achei que estava a perceber tudo mal, e só queria ter "advinhado" que tal ía acontecer, para que me pudesse ter prevenido com um gravador e poder gravar, palavra por palavra, tudo quanto me relatou.

Sempre gostamos de conversar bastante um com o outro, e num belo serão de Domingo, quando o preparava para se deitar (pois o meu filho detesta dormir, daí ter que quase o convencer!), e estando ambos sentados no sofá do meu quarto, olhando a televisão, ele começou por dizer:

"- Sabes, estou um bocadinho triste, porque não vou sonhar mais com  o meu amigo."

Olhei-o espantada, pois aquilo em nada se encaixava com o que estavamos, na altura, a conversar. Contudo, deixei-me ir na conversa.

"- Ai sim? E por que é que não vais mais sonhar com ele?"

" - Porque não! Costumavamos brincar, mas agora ele tem que se ir embora!"

"- Oh, que pena! E tu brincavas muito com ele?"

" - Sim! Mas ele não é um menino da minha escolinha! Se calhar até já andou lá, mas foi antes de eu ir para lá! Sabes, eu tratei dele sempre. Só que eu não era assim pequenino, como sou agora! Era crescido como tu, e ele era meu filho!"

Fiquei sem saber o que dizer. Mas, ele continuou:

"- Sabes, ele gosta de ver televisão. Mas a nossa televisão preta, que tinha muitos botões, estava avariada! Eu e a mãe dele mandamos arranjá-la e ele ficou muito contente!"

"- Olha, - consegui articular - e como se chama o teu amigo?"

"- Chama-se Miguel!"

Quano tentei fazer mais perguntas disse-me:

"- Agora não quero falar mais sobre isso! Amanhã conto-te mais coisas!"

Mas, a história não acaba aqui. O meu filho não voltou a falar-me ainda deste assunto, contudo, depois de eu ter contado o sucedido à minha mãe, ela disse-me que o meu irmão, agora com 19 anos e ali presente, também costumava falar com um amiguinho. O meu irmão sorriu e disse:

"- O meu amigo também se chamava Miguel!"

Então o meu filho disse, muito pronto:

"- Mas, o meu amigo não é daqui! É dos sonhos!"

Claro que gostaria de ter certezas sobre este acontecimento, mas não as possuo. No entanto, são pequenos acontecimentos como este, que nos permitem perceber o quanto a Filosofia Espirita codificada por Allan Kardec, nos ajuda a perceber a complexidade dos Universos em que vivemos, esperando que, também nós um dia consigamos perceber tanto quanto as crianças, seres mais próximos ao lado espiritual do que nós, sobre assuntos da Espiritualidade.

Entretanto, podemos sempre partilhar experiências, e talvez, através dessa partilhar conseguirmos tirar conclusões que nos ilucidem e nos apoiem nesta caminhada rumo à Evolução Espiritual.

Assim sendo, deixem aqui as vossas experiências! Tenho a certeza que existem muitíssimos acontecimentos similares a este que acabo de relatar. Partilhem, para que, em conjunto, possamos passar a mensagem de que a Vida não acaba aqui... Apenas recomeça, de todas as vezes que voltamos a um corpo físico!

Amor, Caridade, Perdão...

A nossa Alma é como um Livro aberto, onde todos os dias se escrevem novos acontecimentos. A reencarnação permite-nos escrever, de todas as vezes que volamos ao corpo de carne, novos Capítulos, capítulos esses que podem ter mais ou menos enredo, que nos fazem passar por mais ou menos sofrimento, mas que, no todo, contribuem para que a nossa Caminhada tenha um só destino, uma só meta: a Perfeição.

Quantos mais capítulos escrevermos, maior é a nossa responsabilidade sobre os nossos actos. Podemos justificar as nossas acções, alegando injustiças dos outros, falta de dinheiro, vontade de vencer... Podemos chamar muitos nomes às razões que nos levam a fazer o mal: justiça,vingança, revolta ou até amor.

Contdo, o Caminho do Bem não precisa de esculpas. Precisa somente de três coisas muito simples: Amor, Caridade e Perdão. Sem conseguirmos possuir em nós estas três qualidade reunidas, jamais evoluiremos como Espíritos e como Seres de Origem Divina.

Jesus perdoou a quem o matou. Amou-nos a todos apesar de nossos defeitos. Foi caridoso para com o criminoso que, com Ele, foi crucificado... Perdoou, amou e teve compaixão. Daí, Jesus, ser o Ser Superior, o topo do topo, a Luz de todas as Luzes que possam surgir em nosso horizonte.

Pensemos em todo o Mal que já praticamos em nome da Ambição, da Justiça, da Revolta, do Amor... Pensemos em todos aqueles que prejudicamos, e no perdão que gostaríamos de obter...

Pensemos em todos quantos nos amam, sem que os consigamos amar de volta...

E bastam, tão somente, estas três situações, para que percebamos o quantos somos imperfeitos e o quanto temos ainda que caminhar para podermos ter sempre entro de nós um destes três sentimentos; sentimentos que Jesus demonstrou durante toda a Vida, ao passo que nós não conseguimos sequer demonstrar de vez em quando.

Enquanto assim formos, sabemos que existem ainda muitas contas a ajustar com o Passado de cada um de nós.